Opera Barroca

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quarta-feira, 4 de março de 2009

Pedro da Maia

A educação tradicional e profundamente proteccionista a que Pedro foi sujeito desenvolveu-lhe uma personalidade «fraca». Com esta personagem, o autor terá pretendido desenvolver a ideia de que cada indivíduo não pôde fugir à sua origem hereditária -Pedro saía à mãe Maria Eduarda Runa- ao meio em que cresceu e à educação clerical e tradicional .

Assim prefigura uma personagem ultra-romântica que sucumbe perante as adversidades da vida, regendo-se pelos seus sentimentos arrebatadores.


-Vida dissoluta
- Encontro fortuito com Maria Monforte e paixão arrebatadora por ela
- Pedro procura um encontro com Maria, conseguindo-o através de Alencar
- Desobedece ao pai seguindo os seus sentimentos
- Encontros e Casamento
- Vida de casados: viagem ao estrangeiro, vida social em Arroios, nascimentos dos filhos
- Retardamento do encontro com Afonso
- Elemento desencadeador da tragédia: Tancredo, o Napolitano
- Infidelidade e fuga de Maria e reacções atónicas de Pedro
- Desenrola-se a tragédia
- Regresso de Pedro ao Ramalhete, diálogo com Afonso e suicídio de Pedro

Podemos, assim, dizer que Pedro da Maia recebeu uma educação à portuguesa com imposição de uma devoção religiosa punitiva, fuga ao contacto directo com a natureza e o mundo prático. Quando Maria Monforte aparece em Lisboa, atrai-o como um íman; o casamento fez-se contra a vontade do pai de Pedro. Quando esta foge com Tancredo, Pedro acaba com a sua vida. O destino desta personagem foi totalmente condicionado pelos factores naturalistas: a hereditariedade - mãe, e educação, ao contrário dos seus filhos, que não são influenciados por estes factores naturalistas.

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