O
individualismo – O “eu” é o valor máximo para os românticos. Por
isso, o romântico afirma o culto da personalidade (egocentrismo), da expressão
espontânea de sentimentos, do confessionalismo e a subjectividade.
O idealismo – O
romântico aspira ao infinito e a um ideal que nunca é atingido. Por isso,
valoriza o devaneio e o sonho, estados de criatividade por excelência.
A
inadaptação social – Os românticos mantêm uma atitude de constante
desprezo e rebeldia face à realidade e às normas estabelecidas, considerando-se
inadaptado e vítima do destino.
A liberdade como um
valor máximo – Contrariamente ao classicismo que cultiva a razão, o romântico
cultiva o sentimento e a liberdade, daí a expressão “Viva a liberdade!”.
A atracção
pela melancolia, pela solidão e pela morte evidenciam-se como solução para
todos os males.
A
sacralização do amor – O amor é um sentimento vivido de forma absoluta,
exagerada e contraditória, precisamente por ser um ideal inatingível. A mulher
ou é um ser angelical bom (mulher-anjo, que leva à salvação), ou é um ser
angelical mau (mulher-demónio, que leva à perdição).
O “mal du
siède” ou o “spleen” – É o pessimismo, o cansaço doentio e melancólico, a
solidão, uma espécie de desespero de viver, resultante da posição idealista que
mantém perante a vida. Por isso, o romântico é sempre um ser incompreendido que
cultiva o sofrimento e a solidão.
O gosto pela
natureza nocturna – Para os românticos, a natureza é a projecção do seu
estado de alma, em geral tumultuoso e depressivo. Assim, esta é representada de
forma invernosa, sombria, agreste, solitária e melancólica “locus horrendus”,
contrariamente ao “locus amoenus” dos clássicos, que é uma natureza luminosa,
harmoniosa e primaveril. Esta natureza nocturna traduz a atracção que o
romântico tem pela própria morte.
O amor a
tudo o que é popular e nacional – Para o romântico, é no povo que reside a alma
nacional. Daí o gosto pela Idade Média, pelas lendas, pelas tradições, pelo
folclore, por tudo o que é nacional.
A linguagem é
declamativa e teatral, porém o vocabulário é muitas vezes mais corrente e
familiar.
1 comentário:
As minhas hiperligações não estão a funcionar,tenho de ver isto quando tiver mais tempo! x)
E depois meto também um daqueles contadores de visitas que o stôr falou na aula :)
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