Opera Barroca

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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Romantismo; caraterísticas

O individualismo – O “eu” é o valor máximo para os românticos. Por isso, o romântico afirma o culto da personalidade (egocentrismo), da expressão espontânea de sentimentos, do confessionalismo e a subjectividade.

O idealismo – O romântico aspira ao infinito e a um ideal que nunca é atingido. Por isso, valoriza o devaneio e o sonho, estados de criatividade por excelência.

A inadaptação social – Os românticos mantêm uma atitude de constante desprezo e rebeldia face à realidade e às normas estabelecidas, considerando-se inadaptado e vítima do destino.

A liberdade como um valor máximo – Contrariamente ao classicismo que cultiva a razão, o romântico cultiva o sentimento e a liberdade, daí a expressão “Viva a liberdade!”.

A atracção pela melancolia, pela solidão e pela morte evidenciam-se como solução para todos os males.

A sacralização do amor – O amor é um sentimento vivido de forma absoluta, exagerada e contraditória, precisamente por ser um ideal inatingível. A mulher ou é um ser angelical bom (mulher-anjo, que leva à salvação), ou é um ser angelical mau (mulher-demónio, que leva à perdição).

O “mal du siède” ou o “spleen” – É o pessimismo, o cansaço doentio e melancólico, a solidão, uma espécie de desespero de viver, resultante da posição idealista que mantém perante a vida. Por isso, o romântico é sempre um ser incompreendido que cultiva o sofrimento e a solidão.

O gosto pela natureza nocturna – Para os românticos, a natureza é a projecção do seu estado de alma, em geral tumultuoso e depressivo. Assim, esta é representada de forma invernosa, sombria, agreste, solitária e melancólica “locus horrendus”, contrariamente ao “locus amoenus” dos clássicos, que é uma natureza luminosa, harmoniosa e primaveril. Esta natureza nocturna traduz a atracção que o romântico tem pela própria morte.

O amor a tudo o que é popular e nacional – Para o romântico, é no povo que reside a alma nacional. Daí o gosto pela Idade Média, pelas lendas, pelas tradições, pelo folclore, por tudo o que é nacional.

A linguagem é declamativa e teatral, porém o vocabulário é muitas vezes mais corrente e familiar. 



Eugène Delacroix (1798-1863) França; A liberdade guiando o povo.
O incompreendido que sofre e luta pela afirmação do seu absoluto. O idealista.



1 comentário:

Anónimo disse...

As minhas hiperligações não estão a funcionar,tenho de ver isto quando tiver mais tempo! x)
E depois meto também um daqueles contadores de visitas que o stôr falou na aula :)